Emissões de carbono causadas pela desflorestação¶
Embasamento¶
As florestas globais armazenam carbono, que pode ser novamente libertado para a atmosfera, sob a forma dióxido de carbono, devido à degradação ou desflorestação, levando a alterações climáticas. Entre 2001-2020 as florestas globais perderam 10% da área de cobertura, ou 411 milhões de hectares, libertando 165 Gt de emissões de dióxido de carbono (UMD & WRI, 2022). Existe uma tendência crescente onde as grandes perdas em florestas tropicais primárias estão a transformar áreas, como a floresta Amazónia, de coletores de carbono para fontes de carbono (Bacchini et al., 2017). As causas destas perdas são atribuídas a fogos selvagens, mudanças na agricultura, serviços florestais, urbanização e desflorestação promovida por atividades de produção (Curtis et al., 2019).
Justificativa para o monitoramento¶
Monitorizar a desflorestação é o primeiro passo para compreender a causa da perda de cobertura de árvores e para planear intervenções para a prevenir.
Nota
Consulte Ferramenta de Mudança de Floresta e Carbono para um tutorial sobre como usar esta metodologia e dados.
Indicador e dados necessários¶
A Trends.Earth permite ao utilizador analisar a área de cobertura florestal, o carbono armazenado nas florestas, perda de floresta e as emissões estimadas por causa da desflorestação, dentro de uma área de interesse em florestas terrestres, em qualquer ponto no mundo. O utilizador seleciona primeiro os anos para monitorizar a sua área específica a analisar. De forma a definir uma área de floresta para a linha de base, este irá atribuir um limite para definir florestas.
Nota
- A definição de cobertura de árvores deve ser alterada para acomodar a área específica de interesse.
O conjunto de dados mapeia a cobertura de árvores global com base na percentagem de cobertura no ano 2000. Muitos estudos citam limites de 25% - 30% para definir uma floresta; no entanto, esta definição pode mudar para regiões áridas. Para mais informação consulte a publicação: Quantificação para a cobertura florestal total global «
A região é então selecionada utilizando fronteira nacionais/sub-nacionais pré-existentes, uma coordenada ou um conjunto de dados personalizado carregado.
Nota
Os limites administrativos Natural Earth Administrative Boundaries fornecidos por Trends.Earth são de Domínio público. Os limites e nomes usados e as designações usadas no Trends.Earth não implicam aprovação ou aceitação oficial da Fundação Conservação Internacional ou de suas organizações parceiras e colaboradores.
Se estiver utilizando Trends.Earth para fins oficiais, é recomendável que os usuários escolham um limite oficial fornecido pelo escritório designado de seu país.
Os utilizadores podem utilizar a *Configuração avançada* para utilizar um conjunto de dados de biomassa diferente, ou carregar um conjunto de dados de biomassa personalizado e selecionar o método para calcular a proporção «root to shoot» (raiz ao broto) para a biomassa debaixo do solo.
A tabela abaixo lista os conjuntos de dados de biomassa disponíveis na Trends.Earth:
Os resultados fornecem descrições anuais da cobertura florestal, perda de floresta, carbono (tC) armazenado e emissões de carbono (tCO2) para a região, resumindo a cobertura de solo, perda de área florestal, perda de carbono e emissões de carbono para o ano da linha de base e para o ano final, ao longo de todo o período. São gerados dois resultados espaciais da análise. O primeiro é o conjunto de dados que visualiza as mudança estimada na biomassa:
O segundo é a camada de perda de floresta para a região:
Citações:
Avitabile, V., Herold, M., Heuvelink, G. B. M., Lewis, S. L., Phillips, O. L., Asner, G. P., Armston, J., Ashton, P. S., Banin, L. et al., 2016. An integrated pan-tropical biomass map using multiple reference datasets. Global Change Biology, 22, pp. 1406–1420.
Avitabile, V., Herold, M., Lewis, S.L., Phillips, O.L., Aguilar-Amuchastegui, N., Asner, G. P., Brienen, R.J.W., DeVries, B., Cazzolla Gatti, R. et al., 2014. Comparative analysis and fusion for improved global biomass mapping. Global Vegetation Monitoring and Modeling, 3 – 7 February 2014, Avignon (France).
Baccini, A., W. Walker, L. Carvalho, M. Farina, D. Sulla-Menashe and R. A. Houghton, 2017. «Tropical forests are a net carbon source based on aboveground measurements of gain and loss.» 358 (6360): 230-234. https://www.science.org/doi/10.1126/science.aam5962
Baccini, A., S J. Goetz, W.S. Walker, N. T. Laporte, M. Sun, D. Sulla-Menashe, J. Hackler, P.S.A. Beck, R. Dubayah, M.A. Friedl, S. Samanta and R. A. Houghton. Estimated carbon dioxide emissions from tropical deforestation improved by carbon-density maps. 2012 Nature Climate Change, https://doi.org/10.1038/NCLIMATE1354
Curtis, P.G., C.M. Slay, N.L. Harris, A. Tyukavina, and M.C. Hansen. 2019. “Classifying Drivers of Global Forest Loss.” Science.
Hansen, M. C., S. V. Stehman, and P. V. Potapov. «Quantification of global gross forest cover.» PNAS. 107 (19) 8650-8655. https://www.pnas.org/doi/10.1073/pnas.0912668107
Hansen, M. C., P. V. Potapov, R. Moore, M. Hancher, S. A. Turubanova, A. Tyukavina, D. Thau, S. V. Stehman, S. J. Goetz, T. R. Loveland, A. Kommareddy, A. Egorov, L. Chini, C. O. Justice, and J. R. G. Townshend.“High-Resolution Global Maps of 21st-Century Forest Cover Change.” Science 342 (15 November): 850–53. Dados disponíveis online em: https://earthenginepartners.appspot.com/science-2013-global-forest.
Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC), 2006. IPCC Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories � Volume 4. Egglestone, H.S., L. Buendia, K. Miwa, T. Ngara and K. Tanabe (Eds).
Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC), IPCC/IGES, Hayama, Japan. http://www.ipcc-nggip.iges.or.jp/public/2006gl/vol4.html
Mokany, K., R. Raison, A.S. Prokushkin. Critical analysis of root: shoot ratios in terrestrial biomesGlob. Chang. Biol., 12 (1) (2006), pp. 84-96
Santoro, M., Beaudoin, A., Beer, C., Cartus, O., Fransson, J.E.S., Hall, R.J., Pathe, C., Schmullius, C., Schepaschenko, D., Shvidenko, A., Thurner, M. and Wegmüller, U., 2015. Forest growing stock volume of the northern hemisphere: Spatially explicit estimates for 2010 derived from Envisat ASAR. Remote Sensing of Environment, 168, pp. 316-334.
University of Maryland and World Resources Institute. «Global Primary Forest Loss». Accessed through Global Forest Watch: https://www.globalforestwatch.org/dashboards/global/?category=summary&location=WyJnbG9iYWwiXQ%3D%3D&map=eyJkYXRhc2V0cyI6W3sib3BhY2l0eSI6MC43LCJ2aXNpYmlsaXR5Ijp0cnVlLCJkYXRhc2V0IjoicHJpbWFyeS1mb3Jlc3RzIiwibGF5ZXJzIjpbInByaW1hcnktZm9yZXN0cy0yMDAxIl19LHsiZGF0YXNldCI6InBvbGl0aWNhbC1ib3VuZGFyaWVzIiwibGF5ZXJzIjpbImRpc3B1dGVkLXBvbGl0aWNhbC1ib3VuZGFyaWVzIiwicG9saXRpY2FsLWJvdW5kYXJpZXMiXSwiYm91bmRhcnkiOnRydWUsIm9wYWNpdHkiOjEsInZpc2liaWxpdHkiOnRydWV9LHsiZGF0YXNldCI6InRyZWUtY292ZXItbG9zcyIsImxheWVycyI6WyJ0cmVlLWNvdmVyLWxvc3MiXSwib3BhY2l0eSI6MSwidmlzaWJpbGl0eSI6dHJ1ZSwidGltZWxpbmVQYXJhbXMiOnsic3RhcnREYXRlIjoiMjAwMi0wMS0wMSIsImVuZERhdGUiOiIyMDIwLTEyLTMxIiwidHJpbUVuZERhdGUiOiIyMDIwLTEyLTMxIn0sInBhcmFtcyI6eyJ0aHJlc2hvbGQiOjMwLCJ2aXNpYmlsaXR5Ijp0cnVlfX1dfQ%3D%3D&showMap=true